Avaliação do uso de Dexmedetomidina ou Xilazina pela via Epidural de ovinos mestiços

RODRIGUES, Serginara David

Resumo

Objetivou-se neste estudo avaliar o efeito da xilazina ou dexmedetomidina associadas à lidocaína à 2%, através da administração epidural lombossacra, bem como os efeitos destas associações sobre algumas variáveis fisiológicas em ovinos. Foram utilizados seis ovinos, machos, com peso médio de 34,2 ± 6,72 kg e hígidos. Cada animal foi submetido a dois grupos experimentais, com intervalo mínimo de 15 dias entre eles. Foi administrado 0,2 mL/kg de lidocaína 2% sem vasoconstrictor e 0,05 mg/kg de xilazina 10% no grupo LX e, 0,0025 mg/kg de dexmedetomidina acrescido da mesma dose de lidocaína a 2% do grupo anterior, sendo este o grupo LD. Foram avaliados os parâmetros frequências cardíaca (FC) e respiratória (FR), pressão arterial (PA), glicose sérica, duração de onda P e do complexo QRS, amplitude da onda P, R e onda T e intervalos em milissegundos (ms) entre as ondas P e R (PR), Q e T (QT), motilidade ruminal (MR), temperatura corpórea (TC), sedação e analgesia. Os parâmetros foram mensurados antes da administração da anestesia epidural (basal–T0), cinco minutos (min) após aplicação da anestesia local, seguido de avaliações a cada 10 min até 120 min, após o término da administração. Adicionalmente foi observado o tempo hábil e latência dos ensaios anestésicos, além de ataxia e efeitos adversos provenientes das associações. O período de latência foi similar em ambos os grupos com o tempo de 5 minutos, e o período anestésico hábil do grupo LD deu em média 169 minutos, sendo relativamente maior do que o grupo LX, o qual os animais apresentaram em média de 135 minutos de anestesia. Os dois grupos apresentaram um bom grau de relaxamento muscular e analgesia residual duradoura. Houve alterações em parâmetros fisiológicos em ambos os grupos, porém mais pronunciadas no grupo LX do que no LD. Conclui-se que a utilização das duas associações teve resultados satisfatórios, porém, a associação de lidocaína e dexmedetomidina é mais segura por causar efeitos sistêmicos clinicamente irrelevantes.

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