Avaliação uterina e cervical de receptoras de embrião equino no Agreste meridional de Pernambuco

Queiros, Aline Francelina de

Resumo

Objetivou-se nessa pesquisa avaliar a implantação embrionária em éguas receptoras de embriões diante das modificações da tonicidade (T1 = Mais tenso; T2 = Tenso, porém um pouco menos do que T1; T3 = Mais flácido que T1 e T2, porém ainda diferente do tônus no estro; T4 = Flácido, característico do estro), edema uterino (ED0 = Útero na fase de diestro - sem edema; ED1 = Leve edema; ED2 = Moderado; ED3 = Marcante em todo o útero; ED4 = Máximo, com pequena quantidade de líquido; ED5 = Anormal, ecotextura padrão descaracterizada) e cérvix (C1 = Fechada; C2 = Intermediário; C3 = Aberta), visando caracterizar o melhor estágio uterino da receptora para a inovulação. Foram utilizadas 12 éguas Quarto de Milha como doadoras e 98 éguas mestiças como receptoras e destas, 39 foram selecionadas para receber embriões, sendo preparadas três para cada doadora. As mesmas foram submetidas a exame do trato reprodutivo via palpação retal e ultrassonografia para determinação das características de tônus, edema uterino e cérvix. Na avaliação das características de tonicidade uterina, as éguas prenhes apresentaram taxas de 25,64% para T1; e 23,07% para T2. Dos animais com T1, apenas 54,16% (13) apresentaram as demais características do sistema genital desejáveis, sendo classificadas como aceitáveis. Para as éguas vazias com escore T1, houve percentual de 35,89% seguido de T2 com 15,38%. A classificação de edema com relação às éguas prenhes apresentaram taxas de 28,20; 17,95; e 2,56%, para ED0; ED1; e ED2, respectivamente. Para éguas vazias, observou-se elevação em ED0, com valor de 35,87%, seguido do ED1, com 15,38%. Com relação às características cervicais houve percentual de 35,89% para C0 e 12,82% para C1 referente às fêmeas prenhes, e para éguas vazias constatou-se valor de 51,28% para C0. Houve maior percentual de fêmeas vazias em relação às prenhas, embora, ambas as classificações encontram-se dentro das características ideais para a transferência de embriões. Contudo, possíveis variações podem ser explicadas provavelmente por défice alimentar e mineral.

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