Saúde ambiental em presídios femininos no Brasil no período de 2010 a 2020: uma revisão bibliográfica/VISÃO BIBLIOGRÁFICA

Abstract

Com a quarta maior população carcerária do mundo, é evidente que, atualmente, o principal objetivo do sistema prisional brasileiro não é corrigir e reinserir o infrator na sociedade, mas sim, puni-lo, sem grandes chances de ressocialização. A constituição brasileira disserta que é direito de todo cidadão viver em um ambiente ecologicamente sustentável, o que vai além das questões ambientais, abrangendo direitos sociais como acesso a saúde e educação. Diante disso, este trabalho buscou entender os impactos das arboviroses dentro de presídios femininos. Para isso, foi feito uma análise quali-quantitativa de uma pesquisa bibliográfica acerca do assunto abordado. A pesquisa se norteou pelo seguinte questionamento: “Como a literatura científica aborda arboviroses dentro dos presídios femininos brasileiros?” Foram excluídos trabalhos que fizessem uma breve menção sobre o tema, não abordando de forma aprofundada, além de artigos duplicados e/ou não encontrados na íntegra. Os resultados mostraram uma grande deficiência de artigos que tratem sobre o tema de gerenciamento de resíduos e, principalmente, sobre arboviroses dentro das penitenciárias brasileiras. Além disso, a maior parte dos autores denunciaram a superlotação do sistema como sendo a raiz de diversos outros problemas como, falta de gerenciamento de resíduos, falta de acompanhamento médicos as detentas, falta de consciência acerca do uso de recursos naturais, principalmente água e carência de itens básicos de higiene pessoal e coletiva. É urgente a implementação de políticas públicas que devolvam a dignidade para estas mulheres que em algum momento infringiram a lei, mas precisam ser ressocializadas. Além do desenvolvimento de ações voltadas à conscientização ambiental.