ociação entre classe socioeconômica e aptidão física em adolescentes escolares no Alto Sertão paraibano

Abstract

O objetivo do estudo foi analisar a relação entre classe socioeconômica e aptidão física em adolescentes residentes no Alto Sertão Paraibano. Participaram do estudo transversal 196 adolescentes escolares (idade: 16,6 ± 1,2 anos) do Instituto Federal da Paraíba, campus Sousa. A avaliação da classe socioeconômica foi realizada conforme o Critério de Classificação Econômica Brasil 2022, classificando os participantes em três categorias: baixa, média e alta. Os testes físicos do FitnessGram foram empregados para avaliar aptidões físicas, como a cardiorrespiratória, a força e resistência abdominal, do extensor do tronco, da parte superior do corpo e a flexibilidade. Os resultados de cada teste foram categorizados como aptidão saudável ou baixa aptidão (necessita de melhoria). A análise estatística utilizou a regressão de Poisson com variância robusta, calculando a razão de prevalência (RP) e intervalo de confiança (IC) de 95% para baixa aptidão física entre as classes socioeconômicas, considerando a classe alta como referência. Participantes da classe média apresentaram maior prevalência de baixa aptidão cardiorrespiratória em comparação àqueles da classe alta (RP 1,08; IC 95% 1,00; 1,15). Adicionalmente, os participantes da classe baixa mostraram maior prevalência de baixa força e resistência abdominal em comparação com seus pares da classe alta (RP 1,10; IC 95% 1,01; 1,19). Não houve associação significativa entre classe socioeconômica e outras aptidões físicas (p > 0,05). Em conclusão, os adolescentes no Alto Sertão Paraibano pertencentes à classe média exibiram uma maior prevalência de baixa aptidão cardiorrespiratória, enquanto os de classe baixa apresentaram uma maior prevalência de baixa força e resistência abdominal em comparação com seus pares da classe alta.