Formação de professores que ensinam matemática nos anos iniciais do ensino fundamental na perspectiva da educação inclusiva: uma revisão integrativa
Duarte, Virlene Menezes
Resumo
Este estudo se inscreve no campo da Educação Matemática Inclusiva que compreende a diversidade como uma parte intrínseca do ser humano, passível de ser abordada em diferentes perspectivas. Vale destacar que esse campo do conhecimento compreende estudos e pesquisas de diversos públicos considerados minorias e excluídos historicamente da sociedade, porém para esta investigação, as reflexões apontam para a formação dos professores que ensinam Matemática em contextos de participação dos estudantes com deficiência, transtorno do espectro do autismo e/ou altas habilidades e superdotação, ou seja, público apoiado pela modalidade de educação especial. Adotando esse universo como referência, o desenvolvimento desse estudo foi realizado orientando-se pela seguinte questão problematizadora: Quais as lacunas e aspectos favoráveis existentes na formação de professores que ensinam Matemática nos anos iniciais da etapa do ensino fundamental na perspectiva inclusiva? Como parâmetro de orientação sobre os propósitos da pesquisa, o objetivo geral dedicou-se a analisar os fatores que são destacados como principais obstáculos e potencialidades observados no processo de formação dos professores que ensinam Matemática que pretendem ou lecionam nos anos iniciais no contexto do paradigma da educação inclusiva. A metodologia adotada para a execução deste estudo consistiu em uma revisão bibliográfica de natureza integrativa, com meta-síntese entre seus procedimentos de análise, método exploratório e análise qualitativa, utilizando estudos científicos publicados entre os anos de 2020 a 2024, nas bases de dados do Scientific Electronic Library Online (SciELO) e do Portal de Periódicos da CAPES. Para tanto, adotou-se o protocolo sugerido por Botelho, Cunha e Macedo (2011), no qual estão apresentadas as etapas que devem ser observadas e seguidas para a constituição de uma revisão integrativa. A partir deste estudo de natureza integrativa, apresenta-se as principais conclusões: o tema ainda representa um desafio para ser aplicado de maneira eficaz, mas também figura como uma grande oportunidade de transformação educacional; os obstáculos verificados revelaram que as falhas existem desde o processo de formação inicial dos futuros professores, que tem acesso aos conhecimentos sobre inclusão de maneira rápida, superficial ou insuficiente; na estrutura e dinâmica atual de formação, os estágios nem sempre cumprem o papel de aproximar os estudantes com a realidade que enfrentarão nas salas de aula; as condições oferecidas pelas instituições de ensino possuem diversas vulnerabilidades. Contudo, ao refletir sobre o paradigma da educação inclusiva em contexto geral é possível afirmar que, embora o caminho seja desafiador, ele também é repleto de possibilidades, pois esse paradigma não é apenas um direito, mas uma construção contínua de um ambiente mais justo, solidário e respeitoso com a diversidade humana.
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