SISTEMA DE APOIO À DECISÃO ESPACIAL PARA O ACESSO AO ATENDIMENTO DE CRIANÇAS/ADOLESCENTES EM CONDIÇÕES CRÔNICAS
PINTO, Malu Micilly Porfírio Santos
Resumo
Tendo em vista a improvisação no acesso ao atendimento hospitalar de crianças/adolescentes com condições crônicas decorrente da dificuldade de obediência a protocolos multifacetados, este estudo teve como objetivo: implementar um sistema de apoio à decisão espacial que subsidie à gestão hospitalar no processo de tomada de decisão para o acesso ao atendimento de crianças/adolescentes em condição crônica. Trata-se de um estudo que utilizou dados secundários, referente ao ano de 2017, provenientes do Sistema de Informação de Crianças e Adolescentes com Doenças Crônicas de um hospital de referência no estado da Paraíba. A componente espacial foi inserida no sistema como elemento de decisão, em todas as suas fases, sendo a análise espacial realizada através da identificação da Razão de Incidências Espacial e aplicação do método de detecção de aglomerado espacial, a estatística Scan espacial. Essa análise revelou uma concentração de aglomerados espaciais significativos nas mesorregiões do Agreste (limite com a Mata Paraibana), bem como na Mata Paraibana, local onde se encontra o serviço hospitalar público que atua como referência estadual nas recorrentes internações dessa população em condições de cronicidade. O sistema projetado nesta pesquisa corresponde a um software denominado de Sistema de Apoio à Decisão Espacial para o Acesso ao Atendimento de Condições Crônicas. Ele foi fundamentado em decisões programadas e em um modelo de decisão baseado em regras cujo intuito consiste em subsidiar a gestão de instituições hospitalares frente ao acesso ao atendimento de crianças/adolescentes em condições crônicas. Esse sistema atua no sentido de contribuir com essa população em condição de adoecimento crônico que chega ao serviço de referência em busca de resolutividade para o enfrentamento dos entraves da rede de atenção à saúde, nível hospitalar. A sua finalidade consiste em minimizar os consequentes danos que a improvisação pode acarretar à rede de atenção à saúde, como sobrecarga em determinados serviços de saúde, bem como prejuízos na continuidade do cuidado à saúde do indivíduo.
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