Análise da migração de cloretos em argamassas com baixo consumo de cimento

Abstract

Sabe-se que o concreto é um dos materiais mais consumidos na atualidade, especificamente, na construção civil. Esse destaque revela-se devido as suas propriedades de resistência e plasticidade, as quais colaboram para que haja uma redução na deterioração do material, quando este for exposto à água. Dentre os materiais utilizados na produção do concreto e argamassa, tem-se o cimento, o qual é responsável pela emissão de cerca de 7% das emissões de CO2 no mundo. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo analisar a influência do empacotamento de partículas na durabilidade das argamassas com baixo consumo de cimento frente ao ataque por cloretos. Para isso, foi realizado um estudo experimental, utilizando o conceito de empacotamento de partículas de Alfred com o auxílio do software Q-Mix para a dosagem das argamassas estudadas, após a caracterização dos materiais. Sendo assim, foi definido dois tipos de traços, T1 e T2, de modo que T2 apresenta a adição de fíler calcário e metacaulim na sua composição. Posteriormente, foram feitas as análises e verificações dos resultados. Quanto à resistência mecânica, T1 apresentou melhor resultado em 7 e 28 dias de idade, no entanto, quanto à eficiência e à durabilidade, T2 se mostra mais eficiente, devido menor índice de ligantes, e com melhor resistência à penetração de íons cloretos, visto que resultou em valores significativamente menores para os coeficientes de migração. Com isso, T2 foi classificado com resistência elevada e T1 se classificou com resistência moderada. Portanto, com os resultados obtidos, foi observado que com a dosagem adequada de argamassas/concretos, pode-se obter melhores resultados quanto à durabilidade, tendo em vista que resistência mecânica não necessariamente implica em maior durabilidade.