Identificação e avaliação Pós-Mortem de animais vítimas de atropelamentos na BR-230 no alto sertão da Paraíba

Abstract

A falta de planejamento nas construções e manutenções das rodovias brasileiras resulta em expressivos impactos negativos sobre a biodiversidade, fatores como alta velocidade, pluviosidade e animais abandonados, causam a morte por atropelamento de varias espécies é comum nas rodovias a varias espécies e risco aos condutores. A pluviosidade foi a principal variável das causas de atropelamento, por ter interferência no comportamento de algumas espécies. O objetivo desse trabalho é identificar as principais espécies vitimas de atropelamento na BR-230 entre os km 443 e 506, descrever as principais lesões pós-mortem dos animais encontrados, identificar os pontos de maior incidência de atropelamento e propor soluções para melhorar a segurança dos condutores e dos animais. A pesquisa foi realizada na BR-230 entre os km 443 e 506 no alto sertão paraibano, a rodovia foi monitorada no período de julho de 2017 a janeiro de 2018. Com a ajuda do google earth, foi identificado 4 pontos de agrupamentos de atropelamentos ao longo das rodovias, com o alto número de mortes no, é preciso adotar políticas de manejo e medidas que possam prevenir ou diminuir os impactos causados pelas rodovias. Os vertebrados mais afetados foram Rhinella jimi, Canis familiares, Cerdocyon thous. Foram encontrados mortos 196 vertebrados de 16 espécies diferentes. A classe dos anfíbios foi a mais atingida, seguido pelos mamíferos, répteis e aves, tendo o fator pluviosidade a principal variável. Foram avaliadas as lesões de 61 vertebrado e comparado o grau das lesões com a tabela de Kolata, o resultado foi que 10 vertebrados (16.39%) apresentaram grau 0, 5 vertebrados avaliados (8.20%) obtiveram grau 1, 10 animais (16.39%) obtiveram grau 2, 8 (13.12%) atingiram grau 3 na tabela, 20 vertebrados (32.79%) atingiram grau 4 e 8 animais estudados (13.11%) grau 5, as extremidades foram a parte do corpo dos animais mais afetada (20 vertebrados) e o pescoço foi a menos afetada (3 vertebrados).