Avaliação da relação homem-animal na cidade de Sousa no alto sertão da Paraíba
FERNANDES, Mikaelly Mangueira
Resumo
A interação entre humanos e animais está em constante evolução desde a domesticação dos mesmos e estes passaram a ser vistos cada vez mais como membros da família. Essa relação traz diversos benefícios para ambas as espécies envolvidas quando ocorre de maneira responsável. Objetivou-se realizar um levantamento com alunos de Escolas Estaduais (EE), Escolas Municipais (EM) e Escolas Particulares (EP), para avaliar o grau de aproximação dos mesmos com os animais e se esse convívio tornou-se realmente mais íntimo; Foram aplicados 696 questionários de forma anônima, com questões de múltipla escolha, sobre a relação do homem com as diferentes espécies de animais domésticos, destacando-se as diferentes formas de manejo que os alunos consideram adequadas para determinadas espécies de animais. A partir da pesquisa, constatamos que entre os estudantes que responderam já ter visto algum animal preso em um local pequeno, acorrentado, amarrado com uma corda ou exposto a luz solar constantemente (64,65%) nas EE, (57,75%) nas EP e (50,86%) nas EM.Os que bateram ou viram alguém batendo em algum animal das EE foram (46,55%), nas EP (33,18%) e EM (33,62%). Os alunos que jogaram bomba ou viram alguém jogando bombas em animais foram (31,46%) nas EE, (27,58%) nas EP e (26,72%) nas EM. Os estudantes que viram alguém abandonar ou abandonaram algum animal das escolas estaduais foram (65,94%) nas EE, nas EP (47,41%) e nas EM (53,44%). Os que observaram motoristas de carro ou moto acelerar ao ver um animal no meio da rua foi (53,44%) nas EE, (40,94%) nas EP e (61,63%) nas EM. Os estudantes das EP (89,65%), EM e EE (84,05%) ou tinham animais ou possuíam vontade de adquirir um. As espécies mais criadas pelos estudantes foram: cachorro (24,71), gato (17,52%), pássaro (4,16%) e criava mais de uma espécie simultaneamente (20,4%). Os que consideraram os animais como um membro da família, das EP (50,43%) EM (70,25%) e EE (65,94%). Dentre a frequência de alimentação coloca para os animais as que predominaram foram: duas vezes foram (46,55%) nas EM, (36,20%) nas EE e (32,75%) nas EP. E os que colocavam três vezes ou mais (40,51%) nas EE, (33,62%) nas EM e (29,74%) nas EP. Os participantes que acompanharam seus animais em uma consulta com um médico veterinário foram (54,31%) nas EP, (44,39%) nas EE, e (40,08%) nas EM. Os alunos que possuíam o hábito de dar carinho em seu animal ou em algum animal de rua foram (86,63%) nas EE, (86,63%) nas EM e nas EP (84,05%). Os que passeavam com os seus animais foram (32,32%) nas EE, (40,51%) nas EM e (37,5%) nas EP. Concluiu-se que boa parte dos estudantes consideram os animais como membros da família, porém ainda há indícios de maus-tratos e abandono dos animais. Dessa forma, é necessária a implementação de medidas preventivas, tais como: educação ampla e duradoura quanto à guarda responsável desde a aquisição do animal, evitar a superpopulação dos animais de rua e estimular a sociedade a realizar denúncia contra crimes cometidos aos animais, reduzindo a impunidade.
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