A tabela periódica para estudantes surdos: instrumento de acessibilidade e aprendizagem

CRUZ, Rosângela Elias da

Resumo

A dificuldade para assimilar o conteúdo por parte do estudante com necessidade específica ocorre porque o professor na maioria das vezes não usa métodos coerentes e condizentes com a realidade daquele educando. Em outras palavras, o professor necessita buscar meios adequados para que o estudante com deficiência não se sinta excluído da sala de aula. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo aplicar, de forma acessível, a tabela periódica para estudantes surdos e ouvintes e discutir, a partir dos resultados, a funcionalidade do material para aquisição do conhecimento em Química. Fez-se a coleta de dados através de questionários semiestruturados, sendo esses analisados qualitativamente. Os participantes foram professores, intérpretes e estudante ouvintes e surdos do ensino integral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba-Campus Sousa. O material foi confeccionado para propor estratégias de ensino que atendessem às especificidades do sujeito surdo e que auxiliasse a prática do professor com esses alunos. Foi possível constatar que a proposta de educação inclusiva é desafiadora e que na educação há dificuldade de implementação da inclusão, pois falta metodologia que atenda às necessidades dos estudantes. Para tanto, a tabela periódica acessível mostra o quanto vale apena trabalhar com material concreto. Constatou-se, a partir dos resultados, que apesar da maioria dos participantes não terem o domínio da Língua Brasileira de Sinais, o uso da tabela periódica acessível tornou a aula mais dinâmica, lúdica, participativa e os estudantes compreenderam melhor o conteúdo. Portanto, diante dos dados, fica evidente que, trabalhar com a inclusão é, ao mesmo tempo, difícil e enriquecedor.

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