Dimensões da síndrome de burnout entre profissionais do serviço de atendimento móvel de urgência: um estudo realizado em município do sertão paraibano

Dantas, Carla Taysa Alves
Bezerra, Erica Silva Oliveira

Resumo

Essa pesquisa teve por objetivo: Identificar as dimensões da Síndrome de Burnout entre os trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), situado em município da região do sertão paraibano. Tratando-se de uma pesquisa na modalidade de campo, com objetivo exploratório e abordagem prioritariamente qualitativa dos dados; desenvolvida em cidade situada na região metropolitana de Patos – PB; por meio de uma amostragem composta por 12 profissionais que trabalhavam no SAMU, sendo quatro enfermeiros, quatro técnicos em enfermagem e quatro condutores das ambulâncias, selecionados pelos critérios de inclusão de: ser maior de 18 anos de idade, ter assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e atuar há mais de seis meses no SAMU, estando, assim, excluídos os que estivam afastados de suas funções devido licença-médica, férias ou qualquer outro motivo no momento da coleta. Os dados primários foram coletados por instrumento dividido em duas partes, a primeira, correspondendo a questionário com perguntas sobre condições socioeconômicas, características profissionais, hábitos pessoais e de lazer; e a segunda, equivalente à Escala de Caracterização do Burnout, composta por 22 quesitos, distribuídos em três dimensões conceituais: Exaustão Emocional (nove itens), Despersonalização (cinco itens) e Realização Profissional (com oito itens). Os achados indicaram que o grupo estava em sua maioria representado pelo sexo feminino (58,3%), com a faixa etária prevalente de idade entre 20 e 50 anos; solteiros (50%), com nível de escolaridade de ensino médio completo (66%) que atuavam no atendimento às emergências e no cuidado da vida das pessoas em quadros clínicos críticos estressantes que exigia um alto grau de empatia, sensibilidade e habilidade profissional. Ademais, a exaustão emocional foi uma realidade preocupante em muitos funcionários que se apresentaram como esgotados e frustrados com o trabalho. Sendo, assim, fundamental que as instituições de saúde adotem medidas para promover o bem-estar e a saúde mental daqueles que cuidam, como a implementação de programas de apoio psicológico; estratégias para redução do estresse e da sobrecarga de trabalho; oferta de ambiente laboral acolhedor; treinamentos e capacitações para resolutividade dos problemas emocionais e situações conflitantes presentes nas relações interpessoais com os pacientes e demais integrantes da equipe de saúde.

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