Estresse ocupacional em profissionais da atenção primária de saúde: Um estudo de caso em região do sertão paraibano

Barbosa, Cinthia Maria da Silva
Alencar, Denner Freitas

Resumo

O estresse ocupacional vivenciado por profissionais da Atenção Primária de Saúde tem um peso significativo em suas saúdes mental e física. Reconhecendo essa problemática, esse trabalho teve por objetivo avaliar as fases do estresse referidas pelos profissionais da Atenção Primária de Saúde atuantes em uma cidade no Sertão da Paraíba, com base no Inventário de Sintomas de Stress de Lipp. Tratando-se de uma pesquisa do tipo exploratória, com abordagem qualitativa dos dados, de amostragem não probabilística por conveniência que incluiu 27 trabalhadores atuantes na Atenção Primária de Vista Serrana – PB. A coleta dos dados foi realizada em duas etapas: na primeira, o trabalhador respondeu um questionário composto por perguntas de cunho socioeconômico e questões relativas à atividade laboral; e na segunda, foi aplicado o Inventário de Sintomas de Stress de LIPP-ISSL, elaborado e validado por Lipp e Guevara em 1994, aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia, que permitiu identificar a presença do estresse, bem como a fase em que o sujeito se encontrava (Alerta, Resistência e Exaustão) e os sintomas físicos e psicológicos manifestados. Além disso, resguardando os preceitos éticos, a pesquisa obteve o Parecer de Aprovação Nº. 6.222.208 emitido pelo CEP/ IFPB. Osresultados evidenciaram uma maior prevalência de sintomas estressantes entre as mulheres e profissionais Agentes Comunitários de Saúde que referiram níveis já equivalentes à Fase de Resistência, que, sem a devida assistência e atenção, acabaria levando o profissional à condição de exaustão, marcada por elevado dano na capacidade funcional, autorregulação emocional e preservação da integridade física. Ademais, nas Fases de Alerta e Resistência, os sintomas mais assinalados diante do estresse tinham origem física, diferentemente do encontrado na Fase de Exaustão, onde os sintomas eram mais psicológicos. Explicitando a necessidade de desenvolver programas e estratégias de enfrentamento frente à minimização dos riscos ocupacionais presentes nas atividades prescritas dos trabalhadores da Atenção Primária, na perspectiva da melhoria na qualidade de vida dos mesmos e na condição de suas sanidades físicas e mentais.

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