Mobilidade de gênero: por que as mulheres pedalam menos nos espaços urbanos?

Abstract

A presença das mulheres em diversos espaços sociais mostra-se relevante e é um reflexo do progresso de uma sociedade moderna. Neste contexto, a mobilidade urbana deve ser compreendida como um conceito que engloba o direito à igualdade de oportunidades e acesso a recursos, sem fazer distinção de gênero. Portanto, a mobilidade de gênero torna-se fundamental na busca pela equidade e justiça social, pois permite que todas as pessoas, independentemente do gênero, desenvolvam seu potencial e tomem decisões que afetam suas vidas de forma autônoma. É nesse cenário que este trabalho teve como objetivo investigar, por meio de uma revisão narrativa de literatura, como a ausência de infraestrutura adequada, a violência e a desigualdade de gênero interferem no baixo número de mulheres pedalando nas cidades. O ato de pedalar para as mulheres transformou-se em uma ação política que busca igualdade, autonomia e segurança na mobilidade urbana. Em conclusão, percebeu-se que a relação entre mulher, rua e bicicleta vai além da simples locomoção, destacando-se como uma representação da constante luta pela garantia e preservação de direitos, bem como pela visibilidade e autonomia das mulheres no espaço urbano.