Orquiectomia em suínos com diferentes protocolos anestésicos: influência sobre dor aguda pós-operatória e resposta inflamatória

Abstract

Na produção de suínos, a orquiectomia é um procedimento de grande apreço pelos produtores, reduz o estresse dos animais, beneficia o manejo, promove qualidade produtiva. Nesse sentindo, métodos que proporcione eficácia as intervenções cirúrgica são de grande importância, no que diz respeito a avaliação de dor, sendo esta ligada a possibilidade de efeitos deletérios. Sendo assim, o presente estudo objetivou analisar a necessidade e influência de diferentes protocolos anestésicos no trans e pós-operatório de orquiectomia em leitões com dez dias, provenientes de granjas suinícolas localizadas nos municípios de São Francisco e Sousa na Paraíba. foram utilizados 24 leitões com 10 dias de vida, divididos em quatro grupos experimentais, de forma randomizada, (G1, G2, G3 e G4), constituídos por seis animais cada, no G1: os animais receberam como protocolo anestésico lidocaína 1% com vasoconstrictor (0,1 mL/kg intratesticular + 0,5 mL em cada linha de incisão pararafeana); G2: lidocaína 2% com vasoconstrictor (0,5 mL em cada linha de incisão pararafeanas e sem bloqueio intratesticular); G3: lidocaína 2% com vasoconstrictor (0,1 ml/kg intratesticular + 0,5 mL em na linha de incisão rafiana) e G4: sem anestesia. Resgaste analgésico foi empregado para os animais que apresentavam dor no pós cirúrgico. A ausência de bloqueio local no G4, demonstrou potencial de intercorrências dolorosas no trans-operatório, manejo, contenção e aumento significativo do tempo de cirurgia em comparação aos outros grupos. No pós-cirúrgico, o G4 apresentou alterações comportamentais descritas in-loco e sangramento em 50% do grupo. Consante a isto, apesar de estatisticamente não apresentar diferença significativa em sensibilidade a dor no pósoperatório, o G4 demonstrou desvantagens na execução da técnica cirúrgica abordada e manejo, tornando o animal sujeito a efeitos fisiológicos deletérios.