Correlação entre obesidade, sobrepeso e coordenação motora em escolares

Abstract

A obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública em todo mundo, sendo sua prevalência crescente no Brasil. É uma doença crônica com morbidade e mortalidade elevadas, considerada como um fator de risco cardiovascular independente. Este é um estudo descritivo e analítico, com abordagem quantitativa, com o objetivo de investigar a relação entre obesidade, sobrepeso e coordenação motora em escolares. A pesquisa foi realizada no período de outubro e novembro de 2023. A amostra, foi composta por 205 estudantes, sendo 90 do sexo feminino e 115 do sexo masculino, na faixa etária de 7 a 14 anos na Escola Municipal de Educação Infantil, Ensino Fundamental Romulo Pires localizada na cidade de Sousa, no estado da Paraíba. Foram avaliadas: índice de massa corporal – IMC (peso e altura), nível de coordenação através do Körperkoordinationstest für Kinder – KTK (Trave de Equilíbrio, Saltos Monopedais, saltos laterais, trave de equilíbrio e transferência lateral ). Para a análise de dados foi utilizado o programa GraphPad Prism 10. Para verificação da normalidade da amostra foi aplicado o Teste de Normalidade de Kolmogorov-Smirnov. Para verificação da correlação entre obesidade, sobrepeso e os níveis de coordenação motora, será utilizado o teste estatístico de correlação de Spearman. Observou-se que 15,07% das crianças apresentaram sobrepeso e 19,04% obesidade, enquanto entre os adolescentes, 17,72% tinham sobrepeso e 11,39% obesidade. Além disso, a maioria dos estudantes apresentou pontuações indicativas de perturbações e insuficiência coordenativa, conforme os critérios do teste KTK. Foi observado também que dos 4 grupos trabalhados 3 tiveram correlação inversa (p0,05), grupo esse dos adolescentes do sexo feminino. Essas descobertas têm implicações importantes para a promoção da saúde e o desenvolvimento físico e motor de crianças e adolescentes. O aumento da prevalência de obesidade infantil é uma preocupação global, este estudo reforça a importância de abordar não apenas o aspecto do peso corporal, mas também a capacidade motora em programas de intervenção e políticas de saúde pública.