Associação entre atividade física, tempo de tela de smartphone e controle inibitório em adolescentes escolares

Gomes, Romilton Victal

Resumo

O objetivo do estudo foi analisar a associação combinada da atividade física moderada a vigorosa (AFMV) e do tempo de tela (TT) de smartphone com o desempenho do controle inibitório em adolescentes. Participaram deste estudo transversal 210 adolescentes escolares (idade: 16,7 ± 1,2 anos) do Instituto Federal da Paraíba. O nível de AFMV foi mensurado pelo questionário da Pesquisa Global de Saúde Escolar, categorizado como inativo (<60 min/dia) ou ativo (60+ min/dia). O TT semanal foi mensurado pela função "bem-estar digital" dos smartphones, categorizado pela mediana em baixo (<7 h/dia) ou alto (7+ h/dia). Os participantes foram divididos em quatro grupos: "ativo + baixo TT", "ativo + alto TT", "inativo + baixo TT" e "inativo + alto TT". O desempenho do controle inibitório foi avaliado pelo teste de Flanker modificado (E-Prime v3.0), utilizando o tempo de reação (TR) e o percentual de acertos nas fases congruente e incongruente. O modelo gama múltiplo generalizado foi empregado para estimar os coeficientes (β) e intervalos de confiança (IC) de 95% para o TR e % de acertos entre os grupos, tendo o grupo "inativo + alto TT" como referência. Observou-se uma associação significativa apenas com o TR da fase incongruente entre os grupos (p < 0,05). O grupo "ativo + baixo TT" apresentou um β = -46,7 ms (IC 95% -85,3; -8,2; p = 0,017), e o grupo "ativo + alto TT" apresentou um β = -37,8 ms (IC 95% -74,2; -1,5; p = 0,041) em relação ao grupo de referência. Não foram identificadas associações com o percentual de acertos (p > 0,05). Em conclusão, manter-se fisicamente ativo está associado a um melhor desempenho do controle inibitório em adolescentes, independentemente do tempo gasto em tela de smartphone.

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