Seleção de áreas para implantação de aterro sanitário no Município de Iguatu-CE, utilizando técnica de geoprocessamento
Soares Neto, José
Bertoldo, Yuri Nogueira
Resumo
A geração de resíduos sólidos no Brasil vem crescendo a cada ano, acompanhando de perto o aumento populacional e a expansão das atividades econômicas e urbanas. Esse aumento na produção de resíduos, porém, não tem sido acompanhado de soluções adequadas para seu gerenciamento e descarte, o que representa um desafio crescente para muitas cidades, especialmente nas regiões mais carentes de infraestrutura, como o Nordeste. Em diversas localidades, as práticas de descarte ainda são inadequadas e causam sérios danos ambientais e riscos à saúde pública, uma situação que está em desacordo com a legislação ambiental vigente no país. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece diretrizes para o descarte e o manejo ambientalmente correto de resíduos. No entanto, municípios como Iguatu, localizado no Estado do Ceará, ainda enfrentam grandes dificuldades para cumprir essas exigências legais, principalmente considerando a falta de estrutura e planejamento adequado para a gestão de seus resíduos sólidos. Isso torna urgente a busca por soluções que possam atender às demandas ambientais e legais de forma eficaz e sustentável. A pesquisa desenvolvida focou em identificar áreas adequadas para a implantação de um aterro sanitário em Iguatu, contribuindo assim para uma gestão mais adequada dos resíduos sólidos produzidos no município. Para alcançar esse objetivo, foi utilizada uma metodologia baseada na Análise Multicritério, que permite avaliar uma série de fatores e condições ambientais, geográficas e legais para a escolha do local mais apropriado. Mapas temáticos foram elaborados com base em normas ambientais e técnicas específicas, resultando na classificação das áreas do município em quatro categorias de aptidão para a instalação do aterro: Impróprias, Desfavoráveis, Regulares e Propícias. Os resultados da análise revelaram áreas viáveis e ambientalmente adequadas para o desenvolvimento de um aterro sanitário, confirmando que o método empregado, integrado ao Sistema de Informações Geográficas (SIG), é uma ferramenta eficaz para esse tipo de avaliação. A utilização do SIG permitiu uma análise detalhada e abrangente das variáveis envolvidas, garantindo que a seleção das áreas fosse precisa e fundamentada. Esse tipo de abordagem é essencial para assegurar que o novo aterro sanitário seja implantado em locais que causem o menor impacto ambiental possível e que atendam às necessidades da população de forma sustentável
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