Acessibilidde digital : experiências de pessoas com deficiência visual em plataformas de e-commerce

Farias, André Alves de

Resumo

O presente estudo abordou os desafios enfrentados por pessoas com deficiência visual em plataformas de comércio eletrônico, buscando compreender sua autonomia no consumo online e propor melhorias. A pesquisa de natureza aplicada exploratória e qualitativa utilizou entrevistas semiestruturadas com 15 participantes do Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha (ICPAC). Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo de Bardin, focando em barreiras na navegação, estratégias adaptativas, percepções sobre acessibilidade, sugestões para melhorias, autonomia e inclusão digital. Os principais resultados revelaram que plataformas como Shopee, Temu, AliExpress e Shein são consideradas pouco acessíveis devido à ausência de descrições alternativas para imagens, excesso de anúncios e interfaces desorganizadas. Em contrapartida, Americanas e Magazine Luiza foram apontadas como relativamente mais acessíveis. Para superar essas barreiras os usuários empregam tecnologias assistivas como TalkBack, JieShuo e VoiceOver, frequentemente buscam auxílio de familiares para tarefas como inserção de dados de pagamento. As sugestões de melhoria incluem a implementação de audiodescrição para imagens, simplificação dos processos de devolução/troca e suporte técnico acessível, além da necessidade de envolver diretamente pessoas com deficiência visual no desenvolvimento das interfaces. A autonomia no processo de compra online é percebida como relativa dependendo da qualidade da plataforma e do suporte social.

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