A relação entre a literacia financeira e as compras compulsivas

Abstract

A educação é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento de uma sociedade justa, equilibrada e próspera. Por meio dela, indivíduos adquirem conhecimentos, desenvolvem habilidades e aprendem a pensar de forma crítica, tornando-se cidadãos mais conscientes, preparados para tomar decisões e contribuir ativamente com a comunidade em que vivem. Entre os diversos tipos de conhecimento que a educação pode oferecer, destaca-se a educação financeira. Aprender desde cedo a lidar com o dinheiro, entender conceitos como orçamento, poupança, investimentos, juros e consumo consciente é fundamental para evitar o endividamento, planejar o futuro e alcançar maior estabilidade financeira. Diante desse contexto, o presente trabalho relaciona a educação financeira e o comportamento de compra compulsivo nos consumidores paraibanos em prol de entender sobre os indivíduos que possuem um comportamento compulsivo ao realizar compras. Quanto aos procedimentos metodológicos utilizados nesta pesquisa: possui natureza aplicada, com abordagem quantitativa, classificada como descritiva, com amostra não probabilística por acessibilidade de 180 respondentes, quanto ao instrumento de coleta de dados foi elaborado um questionário com questões que abordam o comportamento de compra, perfil socioeconômico, conhecimento financeiro e atitude/comportamento das pessoas em relação às suas finanças. Assim, foram realizadas as análises através de medidas estatísticas simples (média, mediana, frequência e moda). A partir das análises desses aspectos, foi feita a relação entre o perfil comportamental e os níveis de alfabetização financeira dos consumidores paraibanos, como principais resultados a tendência que indivíduos que apresentam sintomas emocionais possuem facilidade de realizarem compras de maneira compulsiva trazendo um sentimento de culpa no pós-compra até o agravamento dos recorrentes quadros de ansiedade, estresse e insatisfação contínua. Esses comportamentos, aliados à baixa alfabetização financeira, podem agravar ainda mais a saúde financeira e emocional dos consumidores, reforçando a importância de políticas públicas e ações educativas voltadas à promoção do consumo consciente e ao fortalecimento do conhecimento financeiro da população.