Desenvolvimento de métodos de nucleação com mix de plantas xerófilas para recuperação de áreas em processo de desertificação
Santos, Edinalva Alves Vital dos
Resumo
O Seridó Paraibano como integrante de um Núcleo de Desertificação enfrenta problemas socioeconômicos e ambientais, sendo fracassadas as políticas públicas que buscam reverter esta problemática principalmente no que se refere a recuperação de áreas degradadas. Diante deste fato, objetivou-se desenvolver métodos de nucleação em áreas degradadas contendo uma diversidade, de plantas xerófilas, que contribuam para a colonização biológica e formem importantes aportes de biomassa para recuperação de áreas em processo de desertificação. A Pesquisa foi realizada na Fazenda Agroecológica Gavião, localizada na Zona Rural do município de Picuí - PB. Para execução do projeto foram escolhidas plantas xerófilas a exemplo do Xique-xique, Facheiro, Mandacaru com e sem espinhos, Palma de Espinho (Cactaceae), Maniçoba, Aveloz e Pinhão Bravo (Euphorbiaceae). Essas espécies foram plantadas obedecendo três formatos diferentes de plantio: Mandala; Transepto e Espiral. Cada núcleo compreendeu um raio de 5,0 m. Aos 240 dias após o plantio verificou-se que no Núcleo Espiral e Transepto as Cactáceas tiveram resultados de sobrevivência estatisticamente superior, e para as Euforbiáceas no caso do Pinhão Bravo o Núcleo Mandala e Transepto teve resultados de sobrevivência estatisticamente superior ao Núcleo Espiral. Os Núcleo Transepto e Espiral com as Cactáceas teve médias de brotação estatisticamente superior ao Núcleo Mandala. As médias de floração com as Cactáceas não diferiram estatisticamente entre os Núcleos, porém o Núcleo Mandala com o Pinhão Bravo teve floração estatisticamente superior aos outros Núcleos. Com relação a frutificação apenas o Núcleo Transepto com a Palma de Espinho foi estatisticamente superior aos demais Núcleos. Com as demais espécies os registros de Floração não diferiram estatisticamente entre os Núcleos. Em se tratando da Biomassa, apenas as espécies Palma de espinho e Mandacaru com Espinho teve massa verde que diferiu estatisticamente entre os Núcleos. Com as outras espécies a massa verde dos Núcleos não diferiram estatisticamente entre si. Os valores de massa seca do Núcleo Espiral foi estatisticamente superior aos Núcleo Mandala e Transepto. Em relação ao peso das raízes os Núcleos diferem estatisticamente entre si. A capacidade de armazenamento d’água dão destaque para ao Pinhão Bravo e Facheiro que acumularam mais de 95% do seu peso em água, seguido das espécies Xique-xique e Palma de Espinho que chegaram a armazenar mais de 80% do seu peso em água. Diante dos resultados conclui-se que pelo alto percentual de sobrevivência as xerófilas Xique-xique, Facheiro, Palma de Espinho (Cactaceae) e Pinhão Bravo (Euphorbiaceae) podem servir de ferramentas para recuperação de áreas em processo de desertificação. Dispostas em formas de núcleos as mesmas podem colonizar a área degrada, interagindo com outras espécies e favorecendo o processo de sucessão ecológica.
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