Durabilidade de argamassas com baixo consumo de cimento frente ao ataque de íons sulfato
Coelho, Izadora Vidal
Resumo
Sabe-se que o meio ambiente é um alvo frequente da construção civil, sendo impactado negativamente de diversas formas, dentre elas, pode-se citar o alto consumo de cimento, material responsável por grandes emissões de CO2 na atmosfera. Adições como o fíler calcário, metacaulim (MK) e aditivos superplastificantes podem ser usados em benefício da sustentabilidade, na redução do consumo de cimento, podendo manter ou melhorar as propriedades mecânicas e de durabilidade da argamassa/concreto. O presente trabalho tem como finalidade analisar a influência do empacotamento de partículas no desempenho de argamassas com baixo teor cimentício, quando submetidas ao ataque de sulfato. Para tal, foi realizado um estudo experimental com quatro traços distintos de argamassa, imersos em solução de sulfato de sódio e em cura convencional, por até 42 dias. Foram definidos os traços RCE, RSE, T1 e T2, sendo que em T1 e T2 parte do cimento foi substituída por fíler calcário e metacaulim. As argamassas RCE e RSE apresentaram melhores resultados de resistência mecânica, e mais eficientes quanto à resistência aos íons sulfato. Tratando- se a eficiência dos ligantes, as argamassas dosadas com empacotamento de partículas e adições resultaram nos menores índices de ligante, ou seja, necessitaram de menos cimento para produzir um 1 MPa de resistência. Todas as argamassas obtiveram expansão menor que 0,03%, classificadas como resistentes, contudo, as argamassas com adições, devido ao teor de alumina do metacaulim, tiveram desempenho inferior com relação às expansões. Por fim, com a dosagem adequada de argamassa, é possível obter resultados favoráveis para a durabilidade mesmo com baixo consumo de cimento.
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