Mapeamento sistêmico sobre estratégias de ensino de matemática para estudantes com TEA

Abstract

O Transtorno do Espectro Autista caracteriza-se por um conjunto de sintomas que afeta as áreas da comunicação, socialização e do comportamento. Os cuidados mais efetivos têm apenas algumas décadas, que se devem, principalmente, à coragem de algumas famílias ao desbravarem fronteiras na luta pelo tratamento do autismo e no enfrentamento à exclusão. Faço parte ativamente dessa luta, pois sou mãe de autista. Também, na figura de professora de matemática tenho buscado compreender no lugar dos processos escolares a participação e a efetiva aprendizagem do estudante autista. Daí, surge a iniciativa em escrever sobre inclusão, educação matemática e autismo. A proposta desta pesquisa é apresentar um panorama de artigos publicados nos anais dos principais eventos científicos do país, que versam sobre estratégias de ensino de matemática para estudantes com TEA. A pesquisa é de abordagem qualitativa do tipo bibliográfica e utiliza como procedimento metodológico o mapeamento sistêmico proposto por Motta, Basso e Kalinke (2019). O cenário da pesquisa foi constituído pelos trabalhos disponibilizados nos repositórios dos eventos: Encontro Nacional de Educação Matemática (ENEM), Simpósio Internacional de Pesquisa em Educação Matemática (SIPEM) e Encontro Nacional de Educação Matemática Inclusiva (ENEMI), publicados no intervalo dos anos 2012 e 2022. Em um espaço amostral de 6.510 trabalhos publicados, definimos como foco de estudo as “práticas educativas, propostas de ensino” (06), subdividido em 2 subfocos: Tecnologia Assistiva (01) e Tecnologia Educacional (05). O portfólio bibliográfico evidencia as contribuições das pesquisas para a área da Educação Matemática Inclusiva, pois apresentam perspectivas e avanços sobre a temática em tela. Todavia, é importante enfatizar a escassez de trabalhos sobre TEA publicados em anais dos principais eventos científicos sobre educação matemática no país, fato que, está quantificado no portfólio