Síndromes de polinização em uma área de caatinga no semiárido paraibano
Silva, Ivan Marcondes da
Resumo
O objetivo deste estudo foi conhecer a distribuição das síndromes de polinização entre os estratos verticais e entre os trechos de borda e de interior de uma área de Caatinga no semiárido paraibano, localizada no IFPB, Campus Princesa Isabel. Através da análise dos atributos florais coletados na área de estudo, foi possível identificar as síndromes de polinização de 18 espécies de plantas. As flores brancas foram mais frequentes (50%), seguidas pelas flores amarelas (22,2%). A maioria das espécies (88,9%) apresentou flores com antese diurna, enquanto 11,1% apresentaram antese noturna. Flores actinomorfas foram encontradas na maioria das espécies (77,8%), enquanto as demais (22,2%) apresentaram flores zigomorfas. Quanto à forma da corola, flores rotáceas foram predominantes (44,4%), seguidas pelas flores do tipo campanulada (33,3%), infundibuliforme (11,1%) e hipocrateriforme (11,1%). A síndrome de polinização mais frequente foi a melitofilia (65%), seguida pela pscofilia (22%), quiropterofilia (9%) e falenofilia (4%). As espécies melitófilas foram predominantes não só na borda (76,9%), como também no interior (61,5%). Além disso, a polinização por abelhas foi mais frequente no estrato superior (66,7%) e inferior (66,7%). As espécies psicófilas mostraram preferência pelo ambiente de interior e pelo estrato inferior, e as espécies com síndrome de quiropterofilia não ocorreram no estrato inferior. Não houve diferença significativa entre os ambientes de borda e interior e entre os estratos verticais, no que se refere às frequências das síndromes de polinização. A predominância de espécies melitófilas ressalta a necessidade de desenvolver estratégias de manejo adequado e conservação de espécies nativas de abelhas na Caatinga.
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