Estresse ocupacional em professores da educação básica: causas, efeitos e propostas de intervenção

Medeiros, Ana Priscila Nunes de
Batista, Nadielly Tomaz

Resumo

O estresse ocupacional em professores da educação básica é uma problemática crescente, impactando diretamente a saúde mental e física desses profissionais, além de comprometer a qualidade do ensino. Este estudo tem como objetivo analisar os fatores que desencadeiam o estresse ocupacional em professores da educação básica, identificando suas causas, consequências e possíveis estratégias de mitigação. A pesquisa caracteriza-se como exploratória e descritiva de natureza bibliográfica, embasada em literatura científica nacional, publicada nos últimos dez anos. A coleta de dados foi realizada em bases de dados científicas utilizando palavras-chave como "estresse ocupacional em professores", "saúde mental docente" e "políticas de mitigação de estresse no ensino". Os resultados indicam que os principais fatores estressores incluem a sobrecarga de trabalho, jornadas extensas, acúmulo de funções, falta de reconhecimento profissional, ambientes de trabalho inadequados e demandas emocionais intensas. Além disso, condições precárias nas escolas e a necessidade de desempenhar múltiplos papéis, muitas vezes sem recursos adequados, agravam o quadro de desgaste físico e emocional. Esses fatores podem desencadear quadros de estresse crônico, absenteísmo, redução da produtividade, e, em casos mais graves, a síndrome de Burnout, caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal. A análise também aponta que o estresse ocupacional em professores não é apenas um problema individual, mas reflete uma questão estrutural e social. Assim, a implementação de políticas públicas que priorizem a saúde ocupacional dos docentes, a valorização da carreira, a melhoria das condições de trabalho e o acesso a programas de suporte psicológico são propostas fundamentais para mitigar os impactos do estresse. Estratégias de gestão escolar voltadas à redução das cargas de trabalho e ao incentivo a práticas pedagógicas mais colaborativas também são destacadas como formas de promover um ambiente de trabalho mais saudável. A pesquisa conclui que o estresse ocupacional em professores é uma questão multidimensional que demanda ações integradas entre gestores educacionais, políticas públicas e a sociedade em geral. A saúde e o bem-estar dos professores são determinantes para a qualidade da educação e, consequentemente, para o desenvolvimento social. Este estudo reforça a importância de se adotar medidas preventivas e corretivas que promovam a valorização e proteção dos docentes, contribuindo para a construção de um sistema educacional mais justo e sustentável.

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