O ENSINO DE PORTUGUÊS COMO SEGUNDA LÍNGUA PARA SURDOS: UMA PERSPECTIVA BILÍNGUE

Oliveira, Ilcee Cortez Nogueira de

Resumo

Devido à importância do bilinguismo como uma das filosofias adotadas na educação de surdo não apenas no Brasil, mas também em outros países como EUA, Canadá, Suécia, Venezuela e Israel, é notório o aumento de pesquisas voltadas à pessoa surda e à língua de sinais sob essa perspectiva. Sua ideia predominante é a defesa do surdo como bilíngue, que desenvolve a língua de sinais (no nosso país é a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS) como língua natural e a língua oficial do seu país como segunda língua, que no Brasil é a Língua Brasileira de Sinais. Nesse contexto, o objetivo da nossa pesquisa é apresentar o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para surdos, seguindo essa perspectiva bilíngue. Usamos como aporte teórico: Goldfeld (2002), Quadros (1997) e Slomski (2012), teóricos reconhecidos dentro do campo da educação de surdos. A metodologia adotada é o da pesquisa bibliográfica, seguindo Martins (2001). Após a análise dos dados e reflexão dessa teoria no Brasil, os resultados apontam a grande dificuldade de alunos em usar a língua portuguesa na modalidade escrita, mesmo por alunos no Ensino Médio; alguns recorrem a aulas extras para aprimorar tal uso. Também podemos refletir sobre a necessidade de uma metodologia eficaz para que os alunos surdos concluam o Ensino Médio como bilíngues, estudando em escolas verdadeiramente bilíngues e não apenas inclusivas. Concluímos que o bilinguismo ainda não é uma realidade brasileira, mas aos poucos estamos construindo arduamente ao longo da história, em que o povo surdo brasileiro escreve um novo capítulo de acesso ao conhecimento e de oportunidade para conquista de novos espaços.

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