Ciclo estral de jumentas nordestinas – dinâmica folicular e uterina

Abstract

presente trabalho objetivou avaliar o comportamento da dinâmica folicular e uterina durante o ciclo estral de Jumentas Nordestinas. Foram utilizadas três Jumentas, com idade entre três e cinco anos, previamente selecionadas clínica e ginecologicamente. Essas passaram por repetidas avaliações, totalizando oito ciclos estrais acompanhados, durante a fase inicial, foi notado dificuldade em realizar a palpação retal, vencido após prévio período de adaptação. Diariamente foram realizadas palpações retais auxiliadas por ultrassom modo B, avaliando o número de folículos e diâmetro dos dois maiores de cada ovário, existência de corpo lúteo, abertura da cérvix e ecotextura uterina. Observou-se que o ciclo estral durou em média 24 dias, e apresentou em 100% dos casos duas ondas foliculares, sendo em (25%) uma onda folicular maior primária e uma onda menor. Os demais apresentaram uma onda folicular maior primária e uma maior secundária (75%) destes (16,6%) ocorreu dupla ovulação. O recrutamento folicular, desvio folicular e luteólise, dominância, dia pré-ovulatório ocorreram nos dias 12, 17, 18 e 23 respectivamente. As taxas de crescimento folicular média diária entre as fases foi de 2,07 mm após o recrutamento, 1,76 mm durante a divergência e 2,67 mm da dominância até a pré-ovulação. O útero e cérvix mantivera-se semelhantes durante todo o ciclo, com predominância de útero com edema grau 2 e cérvix fechada. Diante disto conclui-se que Jumentas Nordestinas apresentam ciclo estral semelhante ao das demais espécies de equídeos, diferindo em uma maior duração, maior duplicidade de ondas foliculares e menor variabilidade uterina e cervical. Desta maneira o edema uterino assim como a dilatação de cérvix não são bons parâmetros para predizer o dia da ovulação em Jumentas Nordestinas, porém os asininos servem como modelo experimental para aperfeiçoamento e treinamento para posteriores trabalhos com a espécie equina.