Avaliação da Xilazina associada à Acepromazina ou Diazepam na sedação de asininos nordestinos

Abstract

Os asininos nordestinos são animais adaptados às condições climáticas do semiárido brasileiro, onde há escassez de água, alimento e o clima é quente. Apesar da existência de diversos estudos farmacológicos em equinos, ainda são poucas as informações presentes na literatura acerca dos asininos. O objetivo deste trabalho foi avaliar e comparar dois protocolos de sedação utilizando as associações de xilazina à acepromazina ou diazepam. Seis animais foram submetidos a dois protocolos anestésicos distintos, de forma que todos participassem de ambos os protocolos. Os asininos do grupo Xilazina-Acepromazina (GXA) foram medicados da seguinte forma: xilazina 0,5 mg/kg e acepromazina 0,1 mg/kg, pela via intravenosa; enquanto os animais do grupo Xilazina-Diazepam (GXD) receberam a mesma dose de xilazina, associada ao diazepam na dose de 0,1 mg/kg, também por via intravenosa. Para atestar a qualidade das associações farmacológicas foram mesurados: o período de latência, intensidade da sedação, início e a duração do prolapso peniano, grau de ataxia, resposta à estimulação sonora, frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura corporal, pressão arterial, glicose sérica e ocorrência de micções. Foi possível perceber que as ações sedativa e miorrelante da xilazina foram potencializadas pelos fármacos associados, sendo o miorelaxamento mais intenso ao uso do Diazepam. Algumas alterações fisiológicas foram registradas, como diminuição da frequência respiratória e temperatura corporal. Observou-se que 50% dos animais do GXD e 16,7% do GXA apresentaram arritmias cardíacas, sendo que em ambos os grupos 16,7% dos animais apresentaram bloqueio atrioventricular de segundo grau Mobitz Tipo I e Tipo A. Ambas as associações se mostraram eficientes, a do GXA por promover sedação por um período maior sem risco de decúbito ao animal e do GXD por promover sedação mais intensa.