Avaliação de feridas cutâneas em jumentos tratados com pomadas à base de extrato de ameixa-brava A 10%.
BEZERRA, Francisco Ermerson Ferreira
Resumo
As plantas com fins medicinais apresentam um antigo emprego popular, apesar disto, são escassos estudos sobre a eficácia do uso tópico da ameixa-brava em feridas cutâneas. Sendo assim objetivou-se avaliar o processo cicatricial de feridas cutâneas em asininos com a pomada à base do extrato de ameixa–brava a 10%. Foram utilizados sete asininos adultos, machos, da raça nordestina. Os animais foram submetidos a dois tratamentos à base de vaselina sólida: T1 - extrato hidroalcoólico de ameixa-brava a 10%; T2 – controle. Foram feitas duas feridas cutâneas, uma em cada hemitórax, com cinco centímetros de lado. Foram realizadas a avaliações das feridas de forma macroscópica e calculado o percentual de contração no primeiro, terceiro, sétimo, e com intervalos de sete dias de pós-operatório até o 77º dia. Durante a avaliação macroscópica pôde-se observar que os grupos não tiveram diferenças consideráveis durante todo o período de avaliação. Quanto à avaliação do percentual de contração, até 7º dia, houve aumento das feridas em ambos os grupos. A partir de então as feridas passaram a retrair progressivamente até o 49° dia. No 56° dia pósoperatório, ambos os grupos demostraram aumento das feridas sendo o aumento maior no grupo controle (T1: 1,13%; T2: 4,69%). A partir deste dia as feridas dos dois grupos voltaram a retrair até o último dia de avaliação, no qual o T1 apresentou retração ligeiramente maior que o T2 (96,24% e 94,95%, respectivamente). A pomada não demostrou uma considerável aceleração no processo cicatricial, no entanto, houve uma pequena diferença entre o grupo tratado e controle. A ação cicatrizante poderia ser mais significativa caso fosse utilizada uma maior concentração do extrato de ameixa-brava.
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