Saúde mental e qualidade de vida no trabalho: como está a saúde dos profissionais da área de gestão de pessoas que trabalham nos serviços de saúde?
Silva, Monique de Fátima Alves
Resumo
O mundo do trabalho contemporâneo caracterizado por adoção de novos modelos de trabalho, implantação de tecnologias e representação de novas estruturas tem exigido dos indivíduos respostas ágeis e capacidades resilientes às necessidades de mudanças que permeiam as organizações. Neste cenário, componentes cognitivos, psíquicos e afetivos humanos têm ganhado evidência no mundo do trabalho (BOUYER, 2010) por serem dimensões humanas que impactam diretamente no desempenho e na saúde do colaborador, influenciando a sua atuação profissional. Dessa forma, este estudo se propôs a investigar a qualidade de vida no trabalho e seu impacto na saúde mental de profissionais da área de gestão de pessoas que atuam no segmento de serviços de saúde privados na cidade de João Pessoa - PB. Este estudo se caracterizou como exploratório-descritivo, de natureza básica, utilizando o método dedutivo e a abordagem de análise quanti-qualitativa dos dados. A amostra, não-probabilística por acessibilidade, foi composta por 17 profissionais. Os resultados apontaram uma descrição sociodemográfica dos participantes da pesquisa, apontando o predomínio de mulheres. Os dados apontam que a maioria dos participantes possuem pós-graduação e estão ocupando o seu cargo na organização há mais de 4 anos. Sobre as questões referentes a qualidade de vida no trabalho com base nas variáveis de QVT de Walton (1973), os profissionais pesquisados demonstram satisfação nas suas condições de trabalho. Quando questionados sobre como se reconhecem no que diz respeito ao sofrimento/adoecimento mental diante de sua rotina de trabalho, a maioria dos participantes afirmaram que não estavam em processo de adoecimento mental, reafirmando a importância das práticas de promoção à saúde mental dentro das organizações, destacaram a cobrança excessiva como fator que mais causa sofrimento mental no trabalho e reconheceram apresentar alto nível de exaustão. Como recomendações, ações organizacionais voltadas para a prevenção do surgimento de condições causadoras de sofrimento emocional são necessárias, preservando o ativo intangível organizacional mais valioso, que são as pessoas, por consequência, a sua saúde.
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