Potencial da área de preservação permanente Córrego Água Fria para trilhas ecológicas, em João Pessoa - PB
Menezes, Marcelo Costa de
Resumo
Diante das crises ambientais atuais, a sociedade necessita de atitudes mais sustentáveis em diversos níveis, começando localmente. Nesse contexto o presente trabalho tem o objetivo de contribuir com a gestão dos recursos naturais de um remanescente de Mata Atlântica, denominado de Córrego Água Fria, situado em João Pessoa – PB, através da análise dos potenciais ecoturísticos local, diagnóstico ambiental e ações sustentáveis nessa Área de Proteção Permanente. Os objetivos específicos são: levantar dados espaciais, descritivos e fotográficos das feições ambientais e ecoturísticas, elaborar mapas, fazer um diagnóstico ambiental, propor ações para a melhoria da atividade em questão e realizar ações de educação ambiental. A área de estudo é uma área de Proteção Permanente de um afluente do rio Cuiá, inserido na bacia do rio Paraíba. A metodologia aplicada consistiu em uma revisão bibliográfica relacionado ao tema do trabalho, visita à campo com GPS para o georreferenciamento do local e da trilha existente, além de registro fotográfico. Os dados espaciais foram transferidos para o computador através do software TrackerMaker. Foi feito o download de sites oficiais dos dados espaciais e confecção de mapas altimétricos, declividade, uso da terra, curva de nível e relevo através da criação de Sistema de Informação Geográfica (SIG) pela plataforma do QGIS. O fragmento estudado tem um total de 18, 44 hectares de extensão e existe poucas trilhas e curtas, necessitando que se faça uma trilha maior que percorra todo o local. A trilha existente no local será conhecida como “trilha da Cutia”, que tem 236 metros de comprimento, sendo uma trilha de intervenção mínima, pista única, curta, formato linear e leve com poucos obstáculos. A declividade é baixa na região da trilha da Cutia, sendo no centro do fragmento o local com maior declividade e com maior dificuldade de acesso, necessitando de melhorias para implementação de trilhas. A maior parte da área de estudo é classificada como relevo ondulado e forte –ondulado, porém a maior parte da trilha da Cutia é suave ondulado. Em conformidade com o mapa de altitude o terreno varia de 7 e 41 metros, sendo a parte mais alta o local onde a trilha está inserida. O centro do fragmento tem grandes variações de altura, diferentemente da trilha que variou apenas 4 metros de altitude. Na trilha da Cutia, detectamos 6 pontos de interesse ecoturístico, podendo ser utilizados para trilhas interpretativas. Ainda na trilha também se observa alguns impactos ambientais, principalmente relacionado com o despejo incorreto de resíduos sólidos. Outro ponto que merece destaque é o fato que existe cerca de 1 hectare de áreas desmatadas no local. Portanto, conclui-se que o local tem grande potencial ecoturístico, necessitando que sejam instalados equipamentos para melhorar o acesso às trilhas, principalmente no centro do fragmento. Nesse sentido, propõe-se que seja feita uma trilha que percorra todo o fragmento e que sejam minimizados os impactos ambientais no local. A trilha da Cutia pode ser utilizada, com algumas melhorias, pela sociedade, para a sensibilização da causa ambiental, assim com geração de renda e alcance da sustentabilidade ambiental desse remanescente.
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