O diagnóstico da esporotricose: da teoria, na educação ambiental, à prática

Nascimento, Janaina Pereira de Lima

Resumo

Proteger e contribuir para a qualidade de vida dos animais é também promover e melhorar a nossa própria qualidade de vida, pois o bem-estar ambiental depende do bem estar humano e animal. O descaso sanitário com relação às normas de higiene e profilaxia, se somam a uma falta de conscientização da população no que diz respeito aos riscos sanitários de muitas enfermidades, sobretudo daquelas de cunho zoonótico. Destaca-se aqui a doenças emergentes como o caso da Esporotricose, que vem num crescente de casos. Explicação para isso é a ampliação do número de animais, a exemplo dos felinos, no ambiente humano urbano. Essa patologia é causada por um fungo do gênero Sporothrix, destacando-se o Sporothrix schenckii. A doença, até o final da década de 1990, era comum em jardineiros e agricultores, que tivessem contato com plantas e solo, ambientes onde o fungo pudesse estar presente em materiais orgânicos. Porém, no espaço urbano essa enfermidade, encontrou ambiente propício, inclusive em animais coabitantes, tornando-se uma preocupação geral, para qualquer ambiente. Em decorrência da inquietante situação epidemiológica envolvendo a região metropolitana de João Pessoa-PB, a presente pesquisa de caráter investigativo buscou coletar informações relacionadas à Esporotricose e o nível de Educação Ambiental da coletividade em relação a essa problemática sanitária. Nesse contexto, a questão posta foi de: que estratégias, a partir dos conhecimentos dessa complexa zoonose, podem ser desenvolvidas em termos de Educação Ambiental e práticas epidemiológicas, capazes de evidenciarem procedimentos de gestão sanitário-ambiental? As justificativas para o presente estudo decorrem do crescimento exponencial da esporotricose, principalmente nos gatos da cidade de João Pessoa-PB. Metodologicamente, de início, foi realizada uma ampla revisão bibliográfica do tema em questão. Depois, a partir de um breve histórico da situação no local de estudo, dados e informações que vieram dar uma melhor compreensão dessa problemática sanitário ambiental. Os resultados apontam que nos anos de 2020 o índice de esporotricose foram 321 casos, e em 2021 foram 468 casos houve um crescente número de casos, e que os bairros com maior incidência são; Mangabeira, Valentina, Cristo, Rangel, e Colinas do Sul. O estudo é um começo, assim como está sendo a articulação dos diferentes órgãos responsáveis pela saúde, que carece de logística, informações e educação em torno de mais essa problemática sanitário ambiental.

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