Plano de gestão pública energética municipal proposto : um estudo de caso em Malta-PB

Abstract

O setor energético nacional enfrenta diversas adversidades, dentre tantas, a gestão energética sustentável vem tomando destaque. A procura por fontes alternativas de energia mais robustas, modelos de gestão eficiente e reeducação energética revela a preocupação com a matriz energética atual e com o porvir do meio ambiente. As prefeituras municipais são as unidades de administração pública mais próximas dos cidadãos, sendo assim frequentemente questionada quanto a persistência de adversidades e soluções. Porém, na maioria das vezes, as prefeituras não possuem meios, recursos tecnológicos ou humanos para fornecer o suporte apropriado a projetos ou programas desenvolvidos em setores oficiais superiores, nem o anteparo para agir de modo a sanar com resultados estas demandas. Deste modo, este trabalho se dispõe a apresentar um diagnóstico energético por meio de estudo de caso da cidade Malta situada no sertão da Paraíba e que, mesmo sediando um parque solar composto por duas usinas (Angicos I e Malta), não se beneficia diretamente por tal. Visando fornecer subsídios para a elaboração de um plano de gestão energética municipal, foram realizadas análises considerando a demanda de consumo das unidades ligadas a prefeitura, como também a oferta disponível. Sendo assim, se fez uso da etiquetagem das edificações públicas mediante o RTQ-C com o intuito de examinar o atual cenário energético da cidade e sugerir soluções viáveis para as unidades. Foi cabível concluir que com a mudança de determinados critérios estruturais, adaptação do sistema de iluminação elétrica e condicionamento de ar, é possível obter melhores índices de eficiência energética nas edificações em análise. Explorando a oferta disponível, foi feita uma análise do potencial de geração elétrica fotovoltaica nas coberturas das edificações públicas estudadas. Concluindo assim que os prédios públicos municipais de Malta possuem potencial para gerar, na pior das hipóteses, considerando uma perda de 25% do sistema, até quatro vezes do que é consumido em energia através do uso da geração distribuída com fonte renovável de energia elétrica.