A importância socioeconômica e ambiental das cisternas de placas, enquanto estratégia para a convivência com o semiárido na comunidade de riacho Verde, município de Teixeira - PB

Abstract

A coleta de água de chuva é uma técnica popular em muitas partes do mundo, especialmente em regiões áridas e semiáridas (que abrangem mais ou menos 30 % da superfície da terra), onde as chuvas ocorrem somente em poucos meses do ano. A coleta de água de chuva foi inventada em diversas partes do mundo e em diferentes continentes há milhares de anos. Diante dos ciclos de secas que costumam ocorrer naturalmente no Nordeste, sem que existam meios de evitá-los, a população do semiárido brasileiro, através do uso de tecnologias apropriadas, tem promovido esforços no sentido de enfrentar seus efeitos, tornando possível a sua convivência com o meio árido da região. Apartir do desenvolvimento de tecnologias sociais para a captação de água de chuva que gera segurança hídrica e melhora na qualidade de vida da população. Entende-se por tecnologia social o desenvolvimento de métodos, produtos ou tecnologias que aplicados á comunidade geram uma transformação social. O presente trabalho buscou analisar a importância das cisternas enquanto tecnologias sociais, com a finalidade de compreender o seu valor socioeconômico e ambiental, no armazenamento de água de chuva nas cisternas localizada na comunidade Riacho Verde, município de Teixeira PB, enquanto estratégia para a conivência com o semiárido. De acordo com a finalidade dessa pesquisa, para se chegar aos objetivos pretendidos foram utilizados como procedimentos: registros fotográficos, entrevistas semi-estruturadas com as famílias residentes da comunidade. Pode perceber a partir de relatos na entrevista, que as cisternas vieram para melhorar a vida e o bem-estar das famílias, em que conseguiram acesso a água de boa qualidade para as necessidades, a redução do número de doenças, disposição de tempo para a produção de alimentos entre outras atividades. Conclui-se que a comunidade estudada tem-se hoje um cenário diferenciado do que se observava antes das cisternas, que nos períodos longos de estiagem passavam por dificuldades com a seca. Estiagem essa que provocava a falta de água para consumo humano e outros usos, produção de alimentos para a sua própria subsistência.