Desempenho de plantas de trigo após sete gerações de aclimatação ao semiárido paraibano

Abstract

O Brasil é atualmente um dos grandes produtores e dos maiores consumidores de trigo, que é uma cultura milenar. O consumo desse grão se iniciou mesmo antes da agricultura através de extrativismo. O objetivo da pesquisa foi analisar a possibilidade do cultivo do trigo na região semiárida através de medições do crescimento e produção de plantas em sete gerações. Os experimentos foram instalados na Chácara Canaã, distrito de Pereiros, Sousa, Paraíba. Sete plantios subsequentes foram feitos, utilizando-se o método de seleção massal estratificada. As parcelas foram instaladas, inicialmente no espaçamento de 30cm entre fileiras e 3cm entre filas (primeira geração), corrigindo-se depois para 20cm entre fileiras e 30 sementes/m (2ª a 7ª gerações). As plantas foram adubadas em fundação com esterco bovino e NPK e em cobertura com NK+ micronutrientes. A irrigação foi feita com microaspersão. Após a maturação e secagem, as plantas foram cortadas rentes ao solo e levadas para a sede da Chácara, onde foram retiradas das espigas, fazendo-se pesagens e medições, etiquetagem. Os resultados foram analisados e as médias comparadas pelo teste de Tukey. Esses resultados mostraram que à partir da segunda geração o tamanho das plantas cresceu e depois da terceira geração se estabilizou. Para o caractere tamanho da espiga, a partir da terceira geração as espigas atingiram o tamanho de semi-longas ou longas. Pelos resultados conclui-se que é possível o cultivo com alto rendimento nas condições do Sertão paraibano, em vários períodos do ano, submetendo-se as plantas à irrigação durante as estiagens.