Tabuleiro didático no ensino do bioma da caatinga: o lúdico como ferramenta no processo de ensino-aprendizagem

Abstract

O bioma Caatinga, localizado na região semiárida do Brasil, é o único originalmente brasileiro e apresenta uma heterogeneidade nas suas paisagens, contribuindo deste modo para biodiversidade local. Entretanto, a Caatinga é uma das regiões menos valorizadas e protegidas, a qual, infelizmente, passa por um elevado grau de devastação e exploração devido, sobretudo ao uso irregular de seus recursos naturais. Neste contexto, é de extrema importância o papel da escola no desenvolvimento de estratégias que estimulem os alunos a valorizar e conservar a Caatinga a partir do ensino desse bioma nas aulas de Ciências no ensino fundamental e médio. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a utilização de um tabuleiro didático no ensino da Caatinga. A pesquisa foi desenvolvida com alunos do 6° ano do ensino fundamental II da Escola Municipal Carlos Alberto M. D. Sobreira, localizada no município de Princesa Isabel, na Paraíba. Para tanto, realizou-se um estudo de natureza qualitativa, exploratória e descritiva, dividido em três momentos: 1) visita à comunidade escolar, estabelecendo agendamento para os próximos encontros; 2) construção do tabuleiro junto aos alunos em sala de aula; 3) aplicação do jogo resultando na prática pedagógica, onde houve o acompanhamento e observação da vivência em sala de aula. De modo geral, os alunos apresentaram pouco conhecimento sobre as características, biodiversidade e conservação do bioma Caatinga. Mesmo assim, ao longo das atividades, ocorreu um envolvimento e entusiasmo do alunado pela temática trabalhada, os quais participaram da construção do tabuleiro, tiraram dúvidas, trouxeram curiosidades, demostrando assim que estavam interessados e aprendendo o assunto de forma leve e por meio da socialização. Portanto, é possível dizer que o desenvolvimento de práticas pedagógicas como um jogo de tabuleiro pode abordar diversos temas e contribuir para uma aprendizagem significativa dos alunos. Ao mesmo tempo, estimulando o protagonismo dos discentes, o diálogo e a valorização do bioma que estão inseridos.