Anestesia epidural lombossacra com lidocaína, bupivacaína e tramadol em suíno (sus scrofa domesticus) submetido à herniorrafia inguinoescrotal: relato de caso

Abstract

Objetivou-se relatar o uso e eficácia da anestesia epidural lombossacra com lidocaína, bupivacaína e tramadol em um suíno submetido à herniorrafia inguinoescrotal. Um suíno, 3 meses, macho, 25 kg, sem raça definida, foi atendido e diagnosticado com hernia inguinoescrotal, indicada cirurgia de herniorrafia como terapia. O protocolo adotado para o procedimento foi: medicação pré-anestésica com acepromazina 1% (0,1 mg/kg) e midazolam 0,5% (0,15 mg/kg) intramusculares, botão anestésico com lidocaína 1% com vasoconstrictor (1 mL), divididos entre espaço subcutâneo e ligamento amarelo, bloqueio epidural lombossacral, com lidocaína 2% sem vasoconstrictor (2 mg/kg), bupivacaína 0,5% sem vasoconstrictor (0,5 mg/kg) e tramadol 5% (1 mg/kg), com agulha de cateter 20G. Foram avaliados parâmetros fisiológicos (frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial, e temperatura retal), além de serem observados e relatados, a sensibilidade dolorosa, período anestésico hábil, qualidade da anestesia e analgesia e tempo de recuperação anestésica. Os resultados da anestesia epidural lombossacra foram satisfatórios. A dose de medicação pré-anestésica promoveu efeito discreto, com posterior necessidade de repique. Os parâmetros avaliados mantiveram-se estáveis durante o trans-cirúgico, dentro dos valores fisiológicos para espécie. O período de latência da anestesia epidural foi de cinco minutos, com duração total de 142 minutos para retorno à posição quadrupedal em estação e alimentarse. O bloqueio anestésico epidural foi eficiente, dado a concesão de satisfatório efeito anestésico no periodo transcirúrgico, controle da dor no pós-operatório e ligeira recuperação anestésica do paciente suino no presente relato.