Estruturação do capital de giro de uma empresa prestadora de serviços: uma análise gerencial

Silva, José Henrique da

Resumo

Este estudo buscou identificar os impactos na administração desestruturada do capital de giro de uma organização prestadora de serviços, visando uma futura estruturação. Sendo uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, utilizando como fonte, dados secundários através de relatórios. Os procedimentos técnicos utilizados foram fórmulas apresentadas por diversos autores adaptadas a realidade da organização em estudo. Após a análise dos resultados encontrados, em relação a cada objetivo específico, verificou-se que, quanto aos os ciclos da organização, foi encontrado que há um ciclo financeiro positivo, que inicia-se aproximadamente na metade do ciclo operacional, sendo este o período em que a empresa deve pagar aos seus fornecedores e, ao mesmo tempo, cumprir com suas obrigações de curto prazo. Quanto à necessidade de investimento em capital giro, a mesma não existe na organização. O cálculo do capital de giro líquido demonstrou que não existe esta necessidade, mesmo com o surgimento da antecipação de recebíveis nos relatórios analisados. Esta seria, no entanto, uma saída para cobrir a necessidade de capital momentânea durante o ciclo financeiro, que é influenciada pelo descompasso entre as datas de recebimentos e pagamentos. Além disso, há influência da concentração de pagamentos na mesma data, no descompasso entre entradas e saídas no caixa da organização. Assim, se não aplicada uma técnica de administração de fluxo de caixa, a empresa continuará tendo que utilizar a antecipação de recebíveis, ou até mesmo acabará tendo de utilizar recursos de terceiros, o que iria gerar uma necessidade de pagamentos de juros, diminuindo a margem de lucro do negócio. Portanto, para melhorar e estruturar a administração do capital de giro desta empresa é necessário avaliar a saúde financeira no momento atual, envolvendo as decisões de utilização de caixa, verificando as faltas e as sobras de recursos financeiros e os reflexos gerados por decisões tomadas em relação a compras, vendas e à administração do caixa. Em suma, demonstrados os impactos que a ausência de uma administração de capital de giro estruturada acarreta, percebe-se que a administração de fluxo de caixa com projeções e análises deve ser implementada, para que a organização elimine um dos principais impactos que é a realização das antecipações de recebíveis e, assim, pare de perder capital, devido aos juros envolvidos nesta prática. O resultado deste estudo representa para as empresas que detêm de uma mesma realidade estrutural, uma fonte de informações que poderá auxiliar em uma proposta de aplicação desses métodos e, consequentemente, melhorar seu fluxo normal de atividades, gerando cada vez mais empregos e aquecendo a economia local.

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