PRINCIPAIS DESAFIOS NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE BOTÂNICA NA VISÃO DE UM GRUPO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Abstract

O ensino de botânica, geralmente, está relacionado à nomenclatura científica, linguagem diferente da realidade dos alunos, excesso de aulas teóricas, que causam desconforto aos discentes e também aos docentes de Biologia para ministrar aulas. Sendo assim, foi criado o paradigma de que estudar botânica é sinônimo de memorização, descrição e descontextualização. Contudo, o uso de diferentes metodologias, auxiliadas por materiais didáticos inovadores, podem proporcionar um ensino-aprendizagem da botânica mais satisfatório e emancipatório. Nessa perspectiva, objetivou-se avaliar os principais desafios no ensino-aprendizagem de botânica na visão de um grupo de docentes da educação básica, estudantes da especialização em Ensino de Ciências e Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba em parceria com a Universidade Aberta do Brasil. A presente pesquisa de campo (descritiva), com abordagem mista (quantitativa e qualitativa), teve a participação de 22 professores, cuja coleta de dados ocorreu por meio de um questionário semiestruturado com 15 perguntas, disponibilizado na plataforma online Google Forms. A análise qualitativa foi realizada através do método de análise textual discursiva. A compilação dos dados, confecção de imagens e tabelas ocorreu por meio do programa Microsoft Excel (2010) e pelo site WordClouds. Para os professores entrevistados a estratégia mais usada para o ensino de botânica é a prática com uso de modelos didáticos e seus principais desafios estão relacionados à nomenclatura científica, assim como para seus alunos, que, na perspectiva dos professores, possuem um desempenho regular em relação a aprendizagem dos conteúdos botânicos. Concluiu-se que, apesar dos avanços relacionados ao ensino de ciências/ botânica, ainda é necessário um resgate pelo prazer de ensinar e aprender, pois os termos complexos da área são entraves que podem impossibilitar a compreensão da ciência como área do conhecimento capaz de educar indivíduos de forma consciente e sustentável, além de emancipá-los para práticas cidadãs.