REFLEXÕES SOBRE EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NO ENSINO REMOTO: PERSPECTIVAS PARA O CONTEXTO PÓS-PANDEMIA

Abstract

Em consequência da pandemia causada pelo COVID -19, muitas medidas tiveram de ser tomadas para conter a disseminação do vírus, além das medidas de higiene pessoal, uma que provocou grande impacto em vários setores sociais foi o distanciamento social, resultando assim, no fechamento provisório desses setores, bem como das escolas, passaram a funcionar em espaços virtuais com o auxílio indispensável das tecnologias digitais para o Ensino Remoto. Nesse contexto, este trabalho teve objetiva refletir sobre as experiências com tecnologias no Ensino Remoto e as perspectivas de utilização no contexto pós-pandemia. As participantes da pesquisa são quatro professoras de matemática que ministraram aulas na Educação Básica no período da pandemia. De acordo com as entrevistas, estruturamos a análise das informações em quatro eixos principais: 1) Análise do contexto da formação dos professores a respeito do uso de tecnologias; 2) Conhecimento e preparação para o Ensino Remoto; 3) Reflexões sobre as experiências enfrentadas no Ensino Remoto e 4) Metodologias utilizadas na/pós-pandemia. A análise do contexto da formação dos professores a respeito do uso de tecnologias, é relacionada ao contexto geral sobre a visão do professor pertinente as tecnologias e a sala de aula. Neste sentido, evidenciamos a falta da inserção do uso das tecnologias nas disciplinas do curso de Licenciatura em Matemática. As políticas públicas de iniciação à docência, como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, são citadas como momentos ricos de aprendizagens, conhecimento e preparação dos professores para enfrentarem a realidade escolar. O Ensino Remoto, revelou as dificuldades dos professores com o uso das tecnologias digitais que tiveram que se adaptar ao novo cenário, com pouco ou nenhum momento de formação. Vale salientar que muitos professores estudaram, aprenderam, utilizaram as tecnologias digitais e, na volta às aulas presenciais regrediram para os métodos tradicionais de ensino: o professor ativo e o aluno passivo. Inferimos que a ressignificação das metodologias, independente do ambiente, de alguma forma, sempre segue para a zona de conforto.