Fatores comportamentais, percepção de saúde e uso de plantas medicinais pela população paraibana durante a pandemia da COVID-19

Paiva, Maria Klecya de Araújo

Resumo

O objetivo do trabalho foi avaliar o uso de plantas medicinais no autocuidado durante a pandemia da COVID- 19. Os aspectos comportamentais dos indivíduos e a autopercepção de saúde também foram investigados. A pesquisa se caracterizou como direta, descritiva e com dados de natureza quantitativa. A amostra foi do tipo não probabilística, representada por 396 indivíduos maiores de 18 anos, residentes no Estado da Paraíba. As informações foram coletadas por meio de um questionário criado em um formulário eletrônico, o Google Forms® e disponibilizado por meio das redes sociais (Whatsapp, Instagram e Facebook), entre os meses de agosto de 2020 e janeiro de 2021. As questões se relacionavam com três aspectos: comportamentais, condição de saúde e o uso de plantas medicinais. Para análise dos dados foram utilizados os testes de Mann-Whitney e o de Kruskal-Wallis. Os resultados revelaram que 79% praticavam distanciamento social parcial. Os aspectos mais afetados nesse período foram: o convívio social (42,3%), o aspecto financeiro (35,6%) e a saúde (16,7%). Um “moderado” ou “alto” nível de ansiedade foi relatado por 74,7% dos participantes. Quanto mais jovens, maiores os níveis de ansiedade (p=0,001). As plantas medicinais foram utilizadas por 52,3% dos respondentes e um total de 462 indicações foram registradas, com destaque para o controle do estresse, ansiedade e da insônia, e para melhorar a imunidade. O uso de plantas no tratamento de resfriado e da COVID-19 também foi observado. Conclui-se que a população paraibana faz uso de plantas medicinais como alternativa para minimizar problemas de saúde e de modo a contribuir com a qualidade de vida nos períodos de isolamento social.

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