A SUPERVALORIZAÇÃO DA FLUÊNCIA COMO ASPECTO DESFAVORÁVEL PARA O APRENDIZADO DE IDIOMAS

Abstract

A presente pesquisa tem o intuito de compreender como a concepção de fluência em uma língua estrangeira por parte dos aprendizes pode se tornar um fator de desmotivação na jornada de aprendizado, haja vista que uma compreensão equivocada do conceito pode levar os aprendizes a estabelecerem uma comparação entre eles e os nativos da língua alvo, acreditando que só serão capazes de se comunicarem com propriedade quando obtiverem um conhecimento linguístico semelhante ou igual aos dos nativos que tem o idioma como língua materna. Para isso, inicialmente abrimos uma discussão a respeito da importância dada ao inglês no cenário mundial, haja vista que esse fator acaba por justificar a crescente demanda pelo aprendizado do idioma na atualidade. Além disso, buscamos compreender a concepção de fluência e a perspectiva popular a respeito da mesma, a qual, geralmente, supervaloriza a habilidade de speaking em detrimento das outras. Por fim, nosso foco se voltou ao professor nativo, com o intuito de entender porque o mesmo tem sido supervalorizado entre os estudantes, procurando debater sobre consequências desse pensamento para o professor aprendiz. Para alcançamos esse objetivo, nossa pesquisa se fundamentou em alguns pensadores como: Chomsky (1965); David Crystal (2003); Alderson e Bachman (2004); Vilson Leffa (2016); Anjos (2019); Ceri Jones (2020), Deng, Zhang e Mohamed (2023); Ghane e Razmi (2023), entre outros. Metodologicamente, escolhemos o método de relato de experiência, RE, pois consideramos nossa experiência profissional como combustível que impulsionou o desenvolvimento desse trabalho. Além disso, também selecionamos a pesquisa bibliográfica como essencial para o nosso estudo, considerando que nos apoiamos em materiais produzidos por outros pesquisadores, fazendo uso do conhecimento existente para a produção de novos conhecimentos.